Economia de Mercado Vs. Economia Planificada
O termo “economia de mercado” é utilizado para conceituar o sistema econômico no qual a produção e a distribuição de mercadorias e serviços ocorrem por intermédio de um mecanismo de livre mercado, guiado, por sua vez, por um sistema de preços livres. Isso significa que, numa economia de mercado, as empresas e os consumidores decidem, por vontade própria, o que produzir e o que consumir. Esta realidade é normalmente contrastada com a economia planificada, na qual as operações não seguem princípios de estruturas de custo nem de preço e existe grande intervenção governamental na formação dos preços.
Embora haja uma diferenciação conceitual entre os termos “economia de mercado” e “economia planificada”, a determinação de quais países se enquadram em cada conceito não é tão simples e depende de uma análise criteriosa. São, assim, inúmeros os países – inclusive aqueles com status de economia de mercado – nos quais o Estado possui um papel importante na regulamentação comercial. O funcionamento de um sistema socialista (ou uma economia planificada/centralizada).
• Sob o sistema socialista ou de economia centralizada (ou planificada) os problemas econômicos fundamentais são resolvidos a partir das decisões de uma agência ou órgão central de planejamento, e não mais pelo mercado (ex.: Cuba e Coréia do Norte).
• Mas como o Estado resolve os problemas da sociedade? A partir de um levantamento dos recursos de produção disponíveis e das necessidades do país.
• Nesse sistema, predomina-se a propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de meios de produção.
• As principais características de um sistema econômico socialista ou de uma economia centralizada são: Ø A propriedade dos recursos/meios de produção é do Estado (terras, prédios, bancos, máquinas, equipamentos, matérias-primas). Ø Porém, os meios de sobrevivência pertencem aos indivíduos (roupas, automóveis, móveis, residências) assim como pequenas atividades comerciais e artesanais. Ø Há mobilidade de mão-de-obra (os indivíduos possuem a liberdade de escolha da sua profissão).
Caracteristicas do Sistema Planificado
Caracteriza-se por forte regulamentação e planificação por parte do Estado nos países comunistas. A queda dos sistemas comunistas nos países do Leste Europeu, em 1989, e na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1991, serviu como argumento para demonstrar não somente que a planificação centralizada ou o projeto comunista fracassou, mas também que é inviável.
A vitória de Stalin supôs uma política, de industrialização, com três aspectos políticos e econômicos inter-relacionados: a coletivização forçada do setor agrícola controlado por granjas estatais, o controle centralizado da economia mediante planos qüinqüenais e a neutralização da oposição com a reforma do sistema político. A coletivização pretendia eliminar a dependência alimentícia do setor industrial, suprimindo os pequenos proprietários agrícolas e aumentando o excedente do setor.
Os planos qüinqüenais teriam que ser planos agregados, porque não se poderia realizar um plano para cada um dos 12 milhões de bens produzidos em uma sociedade industrial. Ao permitir um certo grau de discricionariedade em cada setor, indústria ou empresa, esses planos somente podiam ser aplicados de forma eficaz em função dos objetivos gerais que inspiraram o plano, e sua eficiência dependia dos objetivos políticos. A premiação dos gestores ou administradores, em função da capacidade para o cumprimento dos objetivos do plano, implicava em motivos para pedidos de mais matérias primas necessárias e para subestimar a capacidade produtiva da fábrica. Portanto, a centralização provocou um desenvolvimento desequilibrado, incompatível com uma planificação eficiente. De fato, pretender alcançar determinados objetivos, mediante a racionalização e a utilização de recursos e sua aplicação de forma cooperativa, imaginativa e motivada, não permite definir a economia centralizada do regime stalinista como uma economia "planificada".
Devido à posição monopolista dos produtores, não existiam incentivos para adaptar-se às variações da demanda ou para melhorar a qualidade dos produtos. Esse sistema só foi exportado para o resto do Leste Europeu a partir de 1945. Em 1947, quando a União Soviética decidiu não se incorporar ao Plano Marshall, desconfiando das intenções do Ocidente, Moscou mudou sua estratégia, impondo pela força governos comunistas nos países que estavam sob sua esfera de influência.
O objetivo era copiar o mecanismo da economia centralizada, reforçar o auto-abastecimento, para eliminar a dependência comercial da Europa Ocidental, e criar relações comerciais bilaterais com cada país, criando assim uma dependência econômica com a URSS.
A partir do início da década de 1960, tornaram-se patentes os problemas e surgiram numerosas reformas, conduzindo a uma situação insustentável que deu lugar à política da Perestroika, ou “reforma econômica” de Mikhail Gorbatchov, e sua contrapartida política, denominada glasnost ou “transparência”: a supressão parcial da censura e o fomento da crítica positiva, que pretendiam também debilitar os opositores das reformas. Entretanto, os efeitos dessas medidas foram incontroláveis.
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